Sintomas da Alergia a Chocolate. Ou será apenas intolerância?
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A alergia a chocolate pode ser um motivo de preocupação para muitos pais.
E, para começar a entender sobre este assunto, é importante saber que geralmente as reações alérgicas surgem, na verdade, em decorrência especificamente de algum dos ingredientes que o compõe: o leite (ou, melhor dizendo, as proteínas do leite, que estão entre seus principais ingredientes do chocolate), os frutos secos (como as castanhas, amendoim, nozes, etc), o trigo, a cafeína, o ovo, a soja e também os corantes, conservantes e essências.
A alergia ao cacau em si, é mais rara, e pouco frequente. As alergias alimentares são mais frequentes nas crianças e devemos estar atentos às diferenças entre uma Alergia e a Intolerância a determinado alimento, que afetam o organismo de formas bastante distintas:
Intolerância
Alergia
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Os sintomas, tanto da alergia a chocolate, quanto da intolerância, nem sempre aparecem logo após a ingestão: eles podem aparecer várias horas depois. Diante da suspeita de uma reação alérgica ou intolerância a qualquer alimento, procure um médico e realize os exames para comprovação do diagnóstico e tratamento correto.
Então devo me preocupar em saber qual é a composição do Chocolate?
Sim! Se o seu filho passa mal ao comer um chocolate, é muito importante que você saiba que a origem da indisposição pode estar especificamente em um dos ingredientes, principalmente nas proteínas do leite. Tenha em mente que a alergia a chocolate pode ser, na verdade, alergia a alguns desses ingredientes:
Então pode ser alergia ao leite?
Pode, sim. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, vários estudos mostram que é muito mais comum a criança ter alergia ao leite, ao ovo, aos corantes, essências, castanhas, etc, presentes no chocolate, do que ao cacau propriamente dito. Já a alergia ao cacau é bastante rara e incomum.
A alergia a chocolate, que é uma alergia alimentar como qualquer outra, acontece por uma situação de hipersensibilidade: o sistema imunológico produz anticorpos e histamina em reação a determinados alimentos, agindo como se eles fossem potencialmente perigosos.
É como se o organismo se defendesse de “forma exagerada”, levando à reação alérgica. Heranças genéticas, hábitos alimentares, condições de higiene, faixa etária, e algumas vezes, até consequências de doenças infecciosas, podem ser fatores que levam uma pessoa desenvolver uma alergia alimentar.
Quais são os sintomas de alergia alimentar?
Os sintomas podem ser bastante variados em um quadro de alergia alimentar, inclusive da alergia ao chocolate, estão:
- Coceiras
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Dores de cabeça
- Tosse
- Inchaço
- Aparecimento de erupções ou urticária na pele
- Gases
- Pressão baixa
- Chiado no peito
Após a ingestão do chocolate seu filho começar a apresentar algum desses sintomas, deve-se procurar um médico com rapidez. Nos casos mais graves, pode haver comprometimento das vias aéreas, o que pode ser bastante perigoso.
Meu filho tem mesmo alergia a chocolate. Qual é o tratamento, então?
Em geral, se foi diagnosticada alergia a chocolate ou a qualquer um dos seus componentes, a principal estratégia é evitar os causadores da alergia.
Siga à risca as orientações médicas ou do nutricionista, pois eles indicarão quais alimentos podem ser consumidos e quais devem ser evitados. Esta não é uma tarefa tão simples, e requer alterações na rotina do seu filho e na sua.
Nos casos de alergia aguda e severa, os médicos poderão administrar medicamentos anti-histamínicos, para reduzir rapidamente os sintomas. Mas lembre-se: só um médico pode prescrever medicamentos.
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entende que o acesso a informações adequadas sobre a presença dos ingredientes no rótulo dos alimentos é essencial para proteger a saúde de indivíduos com alergias e, por isso, regulamenta a rotulagem de alimentos alergênicos.
Habitue-se a ler cuidadosamente os rótulos de todos os alimentos, identificando os ingredientes a serem evitados. Você pode, e deve, consultar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do fabricante do produto, para esclarecer qualquer dúvida.
Alfarroba: um substituto à altura do chocolate
Privar uma criança de um chocolate pode ser um desafio e tanto. É muito importante que toda a família – não apenas os pais – tenha em mente que a alergia ou intolerância precisam ser respeitadas, e que os cuidados não são mera superproteção do pai ou da mãe.
Felizmente, pessoas com alergia a chocolate têm atualmente opções de produtos sem componentes alergênicos, ideais para quem não consegue nem imaginar abrir mão desta guloseima tão apreciada por crianças, jovens e adultos, principalmente na época da Páscoa.
Existe, por exemplo, uma vagem comestível, chamada alfarroba, cuja polpa, após soterrada e moída, origina um pó, que é utilizado para substituir o cacau. Seu sabor, cor e textura são muito semelhantes aos do chocolate tradicional, e é naturalmente doce, dispensando a adição de açúcar.
Isto representa uma vantagem, pois tornar o alimento menos calórico. Doces com alfarroba também não possuem lactose, que é justamente o ingrediente que mais causa alergias ou intolerância.
Zero Açúcar, Lactose e Glúten
O mercado brasileiro de chocolates se diversificou nos últimos anos, em resposta ao aumento da procura de opções de produtos por pessoas com necessidades específicas, como alergia a chocolate, doença celíaca, ou em dietas com restrição de açúcar, como os diabéticos.
Alguns grandes fabricantes também já produzem chocolates meio amargos, com 50% de cacau, zero lactose ou zero glúten, assim como os que substituem o leite pela soja, que são boas opções para quem tem alergia a chocolate.
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Como saber exatamente aquilo que causa alergia no meu filho?
O diagnóstico de alergia alimentar baseia-se na identificação dos alimentos suspeitos e pode ser feito por meio de testes de alergia na pele ou no sangue – sempre solicitados pelo médico, é claro. Normalmente os testes começam com os alimentos mais alergênicos, como o leite, castanhas, glúten, etc, e vão sendo excluídas as possibilidades, até que se chegue ao alimento responsável. Os tipos de teste mais comuns são:
Teste na Pele
No Prick Test, realizado na superfície da pele, faz-se a aplicação de diferentes extratos de alimentos conhecidos por causar alergia, deixando-os atuar durante cerca de 24 a 48 horas.
Observa-se as reações (inchaço, vermelhidão, coceira, bolhas, etc), para saber se o resultado foi positivo ou negativo para cada um dos extratos, e medir qual é o nível de alergia do paciente a cada um deles.
Teste de Sangue
Este teste, chamado de RAST, é feito pela análise em laboratório do sangue coletado. O exame identifica a presença de alérgenos no sangue e a distribuição dos níveis de anticorpos no organismo, indicando se houve ou não reação alérgica.
Normalmente estes exames são feitos após um teste de provocação oral (ingestão de pequena quantidade do(s) alimento(s) suspeito de ser o causador da alergia).
Para apreciar com moderação
Épocas em que as crianças são estimuladas a comer doces, como a Páscoa e o Hallowen, são muito aguardadas pelos pequenos, e mesmo aquelas que têm intolerância ou alergia a chocolate podem ficar satisfeitas, sem correr riscos. A família pode, por exemplo, substituir o chocolate por outras guloseimas, como pirulitos, balas de goma, entre outros, como se faz no Halloween.
Mas é importante não abusar. Pesquisas revelam que a obesidade no Brasil vem crescendo em todas as faixas etárias, mas especialmente entre os jovens. Hoje, uma em cada três crianças apresenta sobrepeso, sendo que 80% das crianças obesas mantém a condição na vida adulta.
Por isso, o consumo de doces deve ser moderado, para não prejudicar a saúde das crianças, nem gerar hábitos que possam transformá-las em jovens e adultos obesos.
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