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Câncer de Mama e um certo Outubro Rosa na vida de Bia

26/10/2018 | Medicina, Psicologia

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Câncer de mama é uma daquelas coisas que achamos que nunca vai acontecer conosco. Mas aí vem a vida e nos ensina que nem sempre é assim.

Bia é uma mulher inteligente. Formada na área da saúde, sempre valorizou o corpo, sem se esquecer de valorizar a alma. Sabia se cuidar. Aos 47 anos tinha muita estrada percorrida, muitas experiências, muito para contar. Sabia que, perto dos 50 anos, precisava estar em dia com a saúde.

Numa de suas caminhadas diárias, numa praça perto de onde morava, avistou o caminhão do Outubro Rosa atuando na campanha de prevenção ao câncer de mama. Sabia que dentro da carreta era possível realizar, gratuitamente, mamografias. Foi o que fez.

Naquele 13 de Outubro de 2016 o mundo de Bia mudou. Soube que tinha um nódulo na mama, e que precisaria investigar o mais rapidamente possível.

Bia, antes da descoberta do câncer de mama

O diagnóstico e o início do tratamento

Menos de uma semana depois veio a confirmação do diagnóstico: câncer de mama.

Bia chorou. Chorou muito. Sentiu o chão desaparecer. Entrou em desespero, teve raiva, uma porção de dúvidas e muito medo.

Mas, depois de tanto chorar, Bia sentiu uma vontade enorme de viver. Muniu-se de sua melhor coragem, sempre apoiada por sua família.

Foi à luta, encarou de frente. Fez absolutamente tudo o que tinha que ser feito: ressonâncias, PetScan, radiografias, cintilografias.

O caminho era a mastectomia (cirurgia de retirada da mama). E assim o fez. Retirou também os linfonodos da axila, fez quimioterapia vermelha e branca, seguidas de radioterapia. 28 remédios diferentes por dia e todas as reações desagradáveis que o tratamento pode causar: baixa de resistência, quadros infecciosos severos, causados pela queda dos glóbulos brancos e o enfraquecimento do sistema imunológico, náuseas, ondas de calor e perda do paladar.

14 dias depois do início da quimioterapia, Bia estava carequinha.

Bia encara a notícia do câncer de mama com a família

O sino e o dia de hoje

Tinha dias que Bia desmoronava por dentro, escondida. Mas ela sabia que de nada resolveria, então logo recuperava as forças e seguia cheia de energia, caminhando rumo à cura.

Fez muitos novos amigos, descobriu a generosidade que envolve este universo, recebeu muita ajuda, mil abraços, deu outros tantos, validou suas forças a cada novo dia. Teve apoio de seus amores, médicos, enfermeiros e outros pacientes oncológicos. Reavivou sua fé e seguiu em frente, na luta diária pela vida.

Bia toca o sino no ICESP

Um ano e meio depois do diagnóstico, numa linda iniciativa promovida pelo ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), Bia tocou a sino instalado no setor de radioterapia. Era a celebração do final daquele ciclo de tratamento. A ideia do sino é revigorar os ânimos das pacientes e motivar aquelas que ainda estão em tratamento na busca de alcançar aquele momento para si próprias.

A participação na cerimônia é espontânea, de acordo com o desejo de cada paciente. Quase todas optam por tocá-lo. É uma forma de afirmar para si mesmas: “Eu estou aqui, viva, porque sou uma guerreira”.

Bia enche a boca para dizer que aprendeu a amar ainda mais a vida e a superar um dia de cada vez.

Ela sonha com o futuro, é claro. Mas seu foco é estar presente no presente, desfrutando de cada mínima alegria que a vida possa lhe oferecer.

A importância do autoexame e do diagnóstico na fase inicial

Bia destaca que a informação é uma grande aliada da sociedade contra esta doença, que afeta tantas mulheres no Brasil e no mundo.

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é o segundo mais frequente entre mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer, o câncer de mama é a maior causa de mortalidade entre mulheres no mundo.

A maior incidência acontece entre os 55 e 64 anos de idade, sendo que só 2% dos diagnósticos são realizados em mulheres abaixo de 35 anos.

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem chance de cura de quase 90%. É importante ter em mente também que todo o câncer de mama é tratável, ainda que nem todos sejam curáveis. Quando a descoberta é mais tardia, a taxa de cura cai para 50%.

Por isso é tão grande a mobilização da sociedade em campanhas de prevenção ao câncer de mama, como o Outubro Rosa: é fundamental a conscientização sobre a importância do diagnóstico o mais rápido possível. O diagnóstico precoce salva vidas.

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer demonstra a importância do auto-exame. Os resultados mostram que 66,2% dos casos diagnosticados de câncer de mama foram descobertos pelas próprias pacientes, quando realizam o autoexame ou ao notarem alguma alteração na mama.

30,1% dos casos foram descobertos por meio de mamografia ou algum outro exame de imagem. E apenas 3,7% dos casos tiveram suspeita inicial levantada por um profissional da saúde.

Primeiros sinais do câncer de mama

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Mas há também tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos.

Outros sinais de câncer de mama são o edema cutâneo (que deixa a pele semelhante à casca de uma laranja), retração da pele, dor na mama, inversão do mamilo, hiperemia (vermelhidão na mama), descamação ou ulceração (ferida) do mamilo e secreção papilar (líquido saindo do mamilo), especialmente quando e espontânea e ocorre em apenas um dos seios.

A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Ao sinal de qualquer um desses sintomas, procure seu médico o mais rápido possível. Não se desespere! Muitas vezes esses sintomas são apenas passageiros e podem não estar associados ao câncer de mama.

Mesmo assim, é preciso agir! Seu médico provavelmente solicitará exames, para descartar qualquer suspeita ou encaminhar o tratamento o quanto antes, caso se confirme o diagnóstico de câncer.

A batalha continua!

Bia reforça que, mesmo depois de vencer etapas importantes do tratamento, a batalha prossegue.

Herdam-se os remédios, que continuam sendo tomados por muitos anos. É preciso saber conviver com eles e administrar tanto quanto possível seus efeitos colaterais.

Herda-se também o medo permanente de que a doença volte.

Herda-se a necessidade de decidir se optará ou não pela reconstrução da mama, nos casos em que isto seja possível e permitido pelos médicos.

Herda-se, algumas vezes, uma fragilidade da autoestima e uma dificuldade na aceitação da nova imagem corporal, que fica modificada com a retirada da mama, e que pode até ser confundida – erroneamente – com a perda da identidade feminina.

A batalha contra o câncer de mama continua!

Herda-se uma fadiga crônica e podem surgir doenças associadas, como a fibromialgia, decorrente do grande estresse enfrentado, tanto físico quanto emocional.

E, se não bastasse, há também as questões que não são nem do corpo, nem das atitudes própria paciente. Todos já ouvimos falar de casos de abandono pelo parceiro(a), que não conseguiu atravessar este momento tão delicado ao lado de sua companheira – justo no momento da vida em que ela provavelmente mais precisava.

Psicoterapia para a paciente com câncer de mama

A paciente com câncer pode se deparar com uma infinidade de sentimentos negativos: raiva, tristeza, revolta, desânimo, vulnerabilidade, impotência. Pode entrar num estado constante de ansiedade e sentir medo da morte e de como será o futuro. É um momento difícil para qualquer mulher – mesmo para aquelas que se consideram mais fortes.

Mas estes pensamentos e sentimentos podem e dever ser administrados, para que não haja comprometimento do tratamento. Neste aspecto, a psicoterapia pode ter um papel muito importante.

Junto ao psicólogo a paciente pode trabalhar suas angústias, sua autoestima, entender quais são suas forças e suas fraquezas e encontrar suporte emocional. A psicoterapia é uma grande aliada na busca e manutenção da motivação e do desejo de enfrentar a doença com todas as forças.

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E quando há metástase?

Segundo o Instituto Oncoguia, a metástase ocorre “quando as células cancerosas viajam através da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos para outras áreas do corpo. Muitas das células cancerosas que se desprendem do tumor primário morrem sem causar quaisquer problemas. Mas, algumas chegam a uma nova área, onde começam a crescer e formar novos tumores.”

Mas é um erro pensar que a existência de metástases é sinal definitivo de que a vida está perto do fim. Isto é simplesmente errado. O médico Sérgio Simon, oncologista-clínico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em entrevista com o também oncologista Drauzio Varella, explica que “há pacientes com metástases que vivem anos e anos gozando de excelente qualidade de vida”.

Graças aos tratamentos hormonais mais modernos, em muitos casos é possível controlar o crescimento as metástases por muito tempo, mesmo que por enquanto ainda não seja possível curá-las.

As pesquisas nesta área são muitas e os avanços do tratamento nos últimos anos é notável. Já é possível, por exemplo, criar anticorpos que interferem no crescimento das células tumorais, que permitem o controle da doença praticamente sem efeitos colaterais. Ainda que este seja um tratamento extremamente avançado e ainda muito caro, é um sinal claro de que as pesquisas vêm avançando e que devem se tornar disponíveis a mais pacientes de câncer de mama, em um futuro não muito distante.

“Estou com câncer, NÃO SOU o câncer”

Durante todo o tempo de tratamento, Bia afirmou: “Estou com câncer, NÃO SOU o câncer”. E, munida desta certeza, dedicou-se a tudo o que podia fazer para caminhar em direção à cura.

A disciplina e o otimismo estão entre as variáveis que influenciam no tratamento e geram uma responsabilidade íntima na busca pela cura e por uma vida melhor e mais saudável.

Bia é Ana Beatriz de Moraes Maia. Ela fez todo o seu tratamento na rede pública de saúde e é absolutamente grata a cada mão que a tocou: a cada médico, profissional da saúde, enfermeiros ou trabalhadores envolvidos. É grata a todas as palavras de força e de cura, que vieram dos lugares mais diversos. É grata a Deus e à vida.

Bia sabe que o tratamento do câncer de mama é um trabalho em equipe. E, comenta sorridente:

– O paciente também é parte da equipe!

Quer falar com a Bia?

Envie um WhatsApp para (11) 97545-2761.

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