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O que é Gastrite Nervosa? O corpo avisa: é preciso cuidar das emoções

7/06/2018 | Medicina, Psicologia

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Também conhecida como Dispepsia Funcional, a Gastrite Nervosa pode ser considerada uma variante da gastrite, uma doença do estômago que, apesar de não estar associada à inflamação da mucosa do estômago (como a gastrite “clássica”), provoca essencialmente os mesmos sintomas, mas com a diferença de que sua origem está nas questões emocionais. Entender o que é gastrite nervosa e seus sintomas requer um olhar cuidadoso sobre aspectos ligadas à saúde mental do indivíduo.

Em tempos de insegurança generalizada, violência, excesso de trabalho, perdas financeiras, mudanças na estrutura familiar, entre outros, é inegável que o ser humano fica mais exposto às variáveis que contribuem para o aparecimento do estresse, e a vida desta forma deixa marcas também na saúde da população. A gastrite nervosa é uma destas marcas.

Sintomas da “Gastrite Nervosa”, ou Dispepsia Funcional

A expressão “gastrite nervosa” é um nome popularmente usado e bastante comum, mas não existe uma definição precisa na medicina para o seu real significado.

O gastroenterologista Cláudio Begueldo parceiro do portal Nossos Psicólogos na região da Vila Clementino (SP), explica que “o termo Gastrite Nervosa habitualmente é usado quando o paciente apresenta sintomas muito parecidos com os da gastrite, mas não necessariamente exibe alterações inflamatórias gástricas propriamente ditas. Nestes pacientes, os sintomas estão relacionados a problemas emocionais, ainda que sejam iguais aos da gastrite”.

Nestes casos, destaca o especialista, mesmo que o indivíduo apresente todos os sintomas de gastrite, em geral tem-se o quadro de Dispepsia Funcional, que surge justamente em decorrência de situações de estresse ou nervosismo. Esse quadro pode, inclusive, ser crônico.

Este confusão é bastante comum, mas é importante termos claro que condições de estresse ou ansiedade NÃO causam gastrite nem inflamação no estômago, mas podem causar os sintomas de gastrite ou aumentar a intensidade dos sintomas, no caso de uma gastrite já existente.

“O termo ‘Gastrite Nervosa’ habitualmente é usado quando o paciente apresenta sintomas muito parecidos com os da gastrite, mas não necessariamente exibe alterações inflamatórias gástricas propriamente ditas. Este quadro é chamado de Dispepsia Funcional.”

Cláudio Begueldo

Gastroenterologista - CRM 30.265-SP

Os sintomas da Dispepsia Funcional costumam ter como gatilhos as situações de estresse emocional significativo, tensão, ansiedade, medo ou irritabilidade.

Quando o organismo fica exposto a estados de tensão e alerta contínuos, acontece o aumento dos níveis de hormônios como a adrenalina e cortisol, que, entre outros efeitos, afetam o funcionamento do sistema digestório.

É comum que em situação de ansiedade e estresse as pessoas sintam um ou mais dos sintomas abaixo:

Sintomas comuns da Dispepsia Funcional (Gastrite Nervosa)

 

  • Forte queimação ou dor na região do estômago
  • Azia
  • Mal estar, náuseas e vômitos
  • Sensação desagradável de plenitude após refeições ou sensação do estômago estar distendido.

Como saber seu tenho Gastrite ou Gastrite Nervosa?

A médica Amanda do Val Anderi, que é Clínica Geral, Médica da Família e Comunidade e parceira do portal Nossos Psicólogos em Santo André (SP), reforça que “a gastrite é uma inflamação da parede do estômago causada por diversos fatores. Mais importante do que definir se a gastrite é “nervosa” ou não, é tratar as causas do problema, que geralmente são erros alimentares e ansiedade. Nós somos um conjunto de todos os órgãos e todos se conectam diretamente”.

Ela destaca também que “o diagnóstico de gastrite depende de muitos fatores, como idade, sintomas, sinais de alarme e muitas vezes não precisa de exames complementares. O mais importante é modificar os hábitos e prevenir”.

Um Clínico Geral ou um Gastroenterologista são os profissionais que fazer o diagnóstico e indicar os  tratamentos adequados para cada paciente.

Vale lembrar que, em se detectando que a situação do paciente está agravada por um quadro de estresse ou ansiedade, poderá ser indicado também o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra.

“Mais importante do que definir se a gastrite é “nervosa” ou não, é tratar as causas do problema, que geralmente são erros alimentares e ansiedade. Nós somos um conjunto de todos os órgãos e todos se conectam diretamente.”

Amanda do Val Anderi

Clínica Geral e Médica da Família e Comunidade - CRM 162.287-SP

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A alimentação e a Gastrite Nervosa

Hábitos alimentares saudáveis são fundamentais para a manutenção da saúde e promovem a tão desejada sensação de bem-estar. Alimentar-se com inteligência é ainda mais recomendado se a pessoa sofre de algum tipo de gastrite ou dispepsia funcional – sejam elas ligadas ao estresse ou não.

Estas mudanças de hábitos podem promover uma vida mais saudável em vários aspectos, além da rápida redução do desconforto gástrico.

5 alimentos indicados para quem sofre de gastrite (nervosa ou não)

Chás de camomila, hortelã, boldo e alecrim

Ervas que em forma de infusão são consideradas grandes aliados da boa digestão por terem propriedades terapêuticas. Diminuem a acidez do estômago, atenuando dores, azias e gases. São calmantes digestivos.

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Alimentos com lactobacilos

A ingestão de lactobacilos é importante para povoar o estômago com bactérias benéficas, que podem ajudar a manter a flora intestinal sadia. Lactobacilos podem ser encontrados em iogurtes fermentados, queijos, chocolates, leite, e até mesmo vendidos em pó.

Hortaliças

Todas são indicadas e devem ser ingeridas nas principais refeições. Legumes e verduras podem ser comidos in natura ou refogados, especialmente brócolis, couve, couve-flor e couve de Bruxelas, que possuem uma substância capaz de combater a bactéria Helicobacter pylori, que pode estar presente nos casos de gastrite. Recomenda-se também a ingestão de repolho, escarola e alface.

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Frutas não-ácidas

Em estado natural ou como sucos, as frutas que não sejam muito ácidas podem ser ingeridas até 5 vezes ao dia. As mais recomendadas são a maçã, a laranja lima, a banana, o mamão, o melão e a pera. Frutas em geral são ricas em fibras, têm propriedades diuréticas e substâncias antioxidantes, que são muito benéficas para a saúde estomacal.

Carnes magras

As carnes brancas, como as de frango e dos peixes, desde que não sejam muito gordurosas, assim como as carnes vermelhas magras, podem e devem ser consumidas. A preferência é que sejam grelhadas, assadas ou cozidas, evitando-se qualquer tipo de fritura.

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6 dicas para quem tem Gastrite ou Dispepsia Funcional (a “Gastrite Nervosa”)

Veja abaixo algumas dicas úteis que podem ajudar a reduzir os sintomas gástricos:

Evite certos alimentos

 

Embora a gastrite nervosa tenha mais a ver com o estado emocional da pessoa do que com a alimentação, é sempre bom ficar longe de alguns alimentos que sabidamente irritam mais facilmente a mucosa gástrica: alimentos fritos ou muito gordurosos, que necessitam de uma digestão mais intensa; temperos e condimentos muito fortes; alimentos excessivamente quentes, que dilatam os vasos e podem piorar uma eventual inflamação; bebidas alcoólicas, café, excesso de doces, entre outros. Os hábitos alimentares pode fazer grande diferença na melhora dos sintomas.

A dependência do cigarro, além dos efeitos negativos mais óbvios sobre o aparelho respiratório, tem também implicações emocionais e no aparelho digestório. Em fumantes, os sintomas da gastrite em geral pioram, pois a produção de ácido no estômago aumenta consideravelmente. O indivíduo fica agitado ou nervoso até que possa acender o seu próximo cigarro, em seguida sente-se saciado por alguns instantes, para logo depois sentir novamente nervosismo e ansiedade. É um círculo vicioso negativo, que só gera mais ansiedade e piora os sintomas.

Não fume 

Procure comer a cada 3 horas

Um indivíduo que esteja com seu estado emocional alterado pode sentir perda de apetite. Porém, ficar muito tempo em jejum pode piorar o quadro da gastrite. É recomendada a ingestão moderada de alimentos, que podem ser pequenos lanches entre as principais refeições, a cada 3 horas, pois o alimento ingerido, além de deixar a pessoa mais saciada e menos ansiosa, funciona como uma barreira física entre o ácido clorídrico produzido pelo estômago e sua mucosa, diminuindo os sintomas da gastrite, seja ela nervosa ou não.

A digestão dos alimentos leva um certo tempo e é recomendado que se aguarde pelo menos 2 horas para dormir depois de consumi-los. Frutas são digeridas mais rapidamente, (em cerca de 30 minutos), mas as proteínas, carboidratos e gorduras podem levar de 2 a 4 horas. O sono diminuir a velocidade do metabolismo e o funcionamento do aparelho digestivo torna-se mais lento. Com isto, a absorção dos alimentos não ocorre com a mesma velocidade que ocorreria em vigília, acentuando quadros de gastrite e desconforto abdominal.

Respeite o tempo da digestão

Evite goma de mascar

A mastigação funciona como um “sinal” para o estômago, de que a pessoa está se alimentando. Com isto, o estômago começa sua produção normal de ácido, “à espera” da chegada do alimento. Porém, quando se consome gomas de mascar, o “alimento” não é engolido. Isto leva ao acúmulo de ácido no estômago, podendo aumentar consideravelmente as chances de uma irritação da mucosa gástrica e os sintomas de gastrite.

Remédios de uso contínuo, como os medicamentos anti-inflamatórios, podem ser agressivos para o estômago, agravando quadros de gastrite e podendo  até favorecer o aparecimento de úlceras gástricas.

É importante que o uso destes medicamentos seja feito somente sob prescrição médica. E, da mesma forma, não descontinue o uso sem antes conversar com seu médico. Pode haver alternativas que sejam menos agressivas ao estômago ou pode-se fazer o uso de “protetores gástricos”, que diminuem a intensidade dos sintomas ligados à gastrite, seja ela de fundo emocional ou não.

Remédios somente com prescrição médica

Gastrite Nervosa: um Psicólogo pode ajudar

O próprio nome indica que a Gastrite Nervosa está intimamente relacionada a quadros de irritação, impaciência, ansiedade, angústia, estresse e oscilações de humor. Por isso, lidar melhor com estas questões deve ser sempre o ponto de partida.

O acompanhamento de um psicólogo pode ajudar o paciente a identificar, trabalhar e resolver a verdadeira causa dos problemas emocionais, que geram os sintomas da gastrite nervosa

Um bom ponto de partida para ter uma noção mais clara do seu nível de ansiedade é fazer o teste GAD-7, um “Teste de Ansiedade” foi desenvolvido pelo médico americano Robert L. Spitzer (1932-2015), professor de Psiquiatria da Universidade de Columbia, em Nova York. Em menos de 2 minutos este teste indica a presença de sinais de distúrbio de ansiedade – especialmente o Transtorno da Ansiedade Generalizada.

Os problemas emocionais podem ser questões pontuais ou mais profundas, como a depressão ou a síndrome do pânico, e devem ser tratadas para que a pessoa consiga organizar sua própria rotina de forma mais forma tranquila, e que aprenda a lidar melhor com o estresse – além dos óbvios benefícios sobre outros problemas de saúde que também podem estar relacionados ao estresse, como diabetes, problemas cardiovasculares, neurológicos, psiquiátricos, entre outros.

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Buscando a solução correta para o problema certo

Ainda que o acompanhamento psicológico possa ser de grande ajuda – mesmo em casos em que a Gastrite está comprovadamente presente, lembre-se que o diagnóstico definitivo requer uma avaliação médica, feita por um clínico geral ou um gastroenterologista.

O objetivo é que, conhecendo exatamente o quadro do paciente, indique-se o tratamento adequado. A Gastrite (seja ela nervosa ou não) pode comprometer significativamente a qualidade de vida das pessoas. A avaliação cuidadosa e o compromisso em seguir os tratamentos indicados – mesmo que isto signifique rever a própria vida, hábitos e mentalidades – podem realmente levar a uma melhora do quadro.

E, especificamente, no caso da gastrite nervosa, pode levar o paciente não apenas a resolver o desconforto gástrico, mas também lidar melhor com as próprias emoções e com a dinâmica da própria vida.

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Participaram desta matéria:
Mauro Szifman Karp, Psicólogo - Granja Julieta e Vila Nova Conceição, São Paulo (SP)

Gastroenterologista – CRM 30.265 – SP | Vila Clementino, São Paulo – SP

– Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1977.

– Residência médica em Cirurgia-Geral no Hospital das Clínicas da FMUSP até fevereiro de 1981

– Especialista em Cirurgia-Geral pelo Conselho Federal de Medicina

– Especialista em Medicina Intensiva pela AMIB/AMB

– Cirurgião Geral da Cruz Azul de São Paulo, de 1983 a 2001

– Cirurgião Geral e Intensivista por concurso da Prefeitura do Município de São Paulo, de 1979 a 2016

Mauro Szifman Karp, Psicólogo - Granja Julieta e Vila Nova Conceição, São Paulo (SP)

Clínica Geral, Médica da Família e Comunidade – CRM 06/162.287 | Santo André, SP

Médica da Família formada pela Universidade Federal de São Paulo.

Atendimento integral e humanizado, centrado na pessoa. Acompanhamento longitudinal em todas as fases da vida. Também realiza visitas domiciliares.

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