Mãe, Mulher e Profissional: A Depressão nas “Supermulheres”
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Quando se é Mãe, Mulher e Profissional, o dia se torna mais curto. A mulher vê-se obrigada a fazer mil coisas ao mesmo tempo, tomar decisões por si e pela família, organizar, planejar, arrumar, supervisionar, atender a expectativas de muita gente, todas as mesmo tempo. Se isto tudo já é naturalmente difícil, torna-se praticamente impossível quando se tem como companhia a Depressão.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a Depressão afeta 4,4% da população mundial. No Brasil, 5,8% da população (11,5 milhões de pessoas) sofrem com a doença, o que faz de nós o “povo mais deprimido” da América Latina. A julgar pelos mais de 18% de crescimento da doença no mundo em 10 anos, é fácil acreditar que o número de pessoas com depressão vá continuar a subir.
A depressão coloca a pessoa em um estado de tristeza persistente e incapacidade de realizar atividades diárias. Quem sofre de depressão apresenta perda de energia, alterações no apetite, alterações de sono, ansiedade, dificuldades de concentração, indecisão, sensação de inutilidade, culpa e completa desesperança, e pode ter pensamentos suicidas ou de autolesão.
Mas por que as mulheres são mais propensas a sofrer com a depressão?
O relatório “Depressão e outros distúrbios mentais comuns: estimativas globais de saúde” da OMS aponta que a maioria das pessoas que vivem com depressão são mulheres: para cada homem com depressão, duas mulheres sofrem com a doença.
A ciência ainda não sabe explicar os motivos que levam a essa diferença significativa, mas existem algumas hipóteses. Entre elas, estão as questões biológicas, que têm grande impacto no cotidiano da mulher, como o período menstrual e suas alterações hormonais, a menopausa, a gravidez, etc.
Outra hipótese é o papel social feminino e questões como a dupla jornada encarada por muitas mulheres, que se veem diante da necessidade de conciliar os afazeres domésticos com a atividade profissional e com a maternidade.
Outras questões que contribuem para o desenvolvimento da depressão nas mulheres são as que envolvem a imagem corporal, a educação – muitas vezes ainda é baseada em regras machistas -, a maior incidência de violência sexual e doméstica, e a desigualdade de gênero.
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Quantas horas cabem em um dia?
Uma queixa muito comum da vida moderna, em qualquer sexo, é a necessidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo: você precisa ser um profissional competente, um excelente pai ou mãe, lidar com as expectativas da sua família e cônjuge, estar por dentro das últimas notícias, cuidar da aparência, saúde, entre tantas outras responsabilidades, que fazem com que as 24 horas do dia pareçam insuficientes.
E ninguém duvida que as mulheres – que são naturalmente mais “multitarefa” que os homens – acabam sendo mais pressionadas: porque muitas vezes a vida exige delas um número maior de papéis diferentes do que deles. A frustração por não “conseguir dar conta” de todos esses papéis favorece o aparecimento de distúrbios de ansiedade e depressão entre as mulheres.
Mãe, Mulher e Profissional: desafio ainda maior quando vêm os filhos
A maternidade é um sonho para grande parte das mulheres, e, sem dúvida, gera sensações únicas e quase indescritíveis de amor e prazer. Porém, os filhos exigem dedicação integral da mãe, e a consciência de que a vida mudará bastante! É tarefa árdua manter, com a maternidade, a vida pessoal, a familiar e social em equilíbrio e harmonia!
Ser mãe implica em assumir diversos papéis e funções, como proteção, estimulação, alimentação, ensinamentos, etc e, com isso, adquirir diversas responsabilidades novas e simultâneas. Isto por vezes pode resultar em uma sobrecarga emocional muito grande.
Se a mãe não estiver estável, pode ter afetada sua saúde emocional e mental, interferindo diretamente na sua capacidade de prover cuidados parentais satisfatórios, afetando a vida de seus filhos.
Mães estressadas tendem a ter filhos estressados. Afinal, a influência que exercem sobre seus filhos é imensa e tem papel fundamental no seu desenvolvimento.
É importante reconhecer que uma rotina estressante costuma ter um grande impacto no comportamento dos filhos, que podem desenvolver desvios de comportamento, tornando-se agressivos, ansiosos ou tristes – o que pode até mesmo afetar seu desempenho escolar e habilidades sociais.
Absorver-se nas tarefas
A figura da mãe representa um porto seguro para os filhos. E, quando eles percebem que ela está abalada, podem sofrer com mais intensidade a dor da mãe, do que se fosse seu próprio problema.
Infelizmente, essa necessidade de manter um aparente equilíbrio, inclusive para poder poupar os filhos de uma angústia, só tende a torná-la ainda mais ansiosa.
Com isto, absorvida pelas tarefas do dia a dia e com pouco tempo para olhar para os próprios problemas e emoções, o quadro de angústia crônica e depressão se instala.
Cuidar da mulher que é mãe
Se você sente um aperto no peito que torna até mesmo sua respiração difícil, somada a um cansaço, um desânimo, um vazio, saiba que não está sozinha! Milhares de mães passam por isso, e às vezes a situação sai do controle.
Os filhos crescem e as responsabilidades e preocupações também aumentam, por vezes dificultando ainda mais o cuidado consigo mesma. Essa mãe passa a ter dificuldade em perceber onde termina a mãe e começa a mulher. Algumas se anulam como mulheres. Isto afeta sua autoestima, sua criatividade, sua libido e sua motivação para uma vida mais plena, gerando uma enorme insatisfação pessoal e, em não raros casos, uma depressão.
Quando é hora de buscar ajuda?
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Vamos conversar? A Depressão tem tratamento
A depressão é um estado mental em que se perde a fé e as esperanças. Não permita que ela te vença. As coisas podem parecer muito ruins quando se está no meio do processo depressivo ou numa crise de ansiedade, mas acredite: vale a pena buscar ajudar e sair desse quadro de desamparo. Com certeza você terá dias muito melhores. Encare isto como uma fase, um momento de crescimento para se exercitar a resiliência e restabelecer o foco.
Não há motivo melhor para a recuperação do estado emocional de uma mãe do que o amor dela pelos filhos e, igualmente, o amor deles pela mãe. É possível voltar a ser feliz, ter amigos, interagir, ter ânimo para viver e para cuidar de si com o mesmo amor que se cuida dos outros.
Segundo a OMS, a Depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. No entanto, o estigma e preconceito que envolve as doenças emocionais e mentais, impede que muitas pessoas tenham acesso aos tratamentos que poderiam levá-las a viver de forma saudável e produtiva. Por isso, em 2017 a OMS lançou campanha “Vamos conversar”, com o objetivo de levar mais pessoas com depressão, em todo o mundo, a buscar ajuda.
Todos necessitamos de cuidados com nossa saúde mental – até mesmo as “Supermulheres”, mães, profissionais, namoradas e esposas, que se desdobram para dar conta do que a vida lhes exige. Se você é uma delas, entenda que você não está sozinha, e que o tratamento existe – e pode mudar sua vida.
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