Transtorno Depressivo Maior. Quando tudo o que há é nada.
Texto de Maria Inês Paton Ramos, Psicóloga no Tatuapé (SP), parceira do Nossos Psicólogos.
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Quem nunca se percebeu triste? Períodos de tristeza fazem parte da natureza humana e podem ser gerados por diversos motivos e situações. Os sentimentos de tristeza fazem parte da vida psíquica normal. A tristeza é a resposta humana universal às situações de perda, decepção, sensação de fracasso, desapontamento, entre outras adversidades. Já o Transtorno Depressivo Maior (TDM), segundo o Manual Diagnóstico e Estatística para Distúrbios Mentais (DSM 5) tem como característica essencial um episódio depressivo maior e a presença de uma tristeza persistente ou perda de interesse pelas atividades corriqueiras, prejudicando fortemente o cotidiano das pessoas afetadas.
A depressão é uma doença que afeta 300 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil é o líder de incidência de depressão na América Latina, com cerca de 5,8% da população brasileira, o que representa aproximadamente 11 milhões de pessoas.
“No Transtorno Depressivo Maior, é como se o mundo ficasse em preto e branco. O indivíduo passa a ter pensamentos negativos sobre si, sobre o outro e sobre o futuro, sente falta de prazer e de ânimo até mesmo para realização de atividades simples do dia-a-dia, como tomar banho ou escovar os dentes. Sair da cama já é um grande esforço.”
O Transtorno Depressivo Maior e seus prejuízos no cotidiano
Ao longo da vida, uma pessoa pode apresentar um único episódio ou episódios recorrentes de Transtorno Depressivo Maior. Por isso é importante que as pessoas estejam atentas, e não subestimem os sintomas da depressão.
O Transtorno Depressivo Maior é um estado de depressão que varia de leve a grave. Geralmente dura pelo menos duas semanas, período no qual pode haver presença de melancolia, transtorno de humor e até, em casos mais graves, quadros psicóticos, agitação motora ou formas catatônicas (em que há em um estado letárgico, de quase imobilidade) e desmotivação severa para qualquer coisa, até mesmo para falar.
Alguns dos sintomas mais comuns de serem encontrados em pessoas nesta situação são a presença de um humor deprimido, a perda de interesses ou prazer, alterações no padrão de sono, perda ou ganho de peso, agitação ou retardo psicomotor, fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada, e até pensamentos recorrentes de morte. E há ainda outras questões que fazem fronteira da depressão com o transtorno bipolar, os transtornos de personalidade, estados induzidos por drogas, entre outros.
Os sintomas do Transtorno Depressivo Maior causam prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes na vida do indivíduo. É como se o mundo ficasse em preto e branco. A realização até mesmo de atividades simples do dia-a-dia, como tomar banho ou escovar os dentes, tornam-se um grande desafio. Sair da cama já é um grande esforço. O indivíduo passa a ter pensamentos negativos sobre si, sobre o outro e sobre o futuro, sente falta de ânimo e de prazer para realizar as atividades. Estes sintomas são um sinal de alerta para familiares e amigos, de que a pessoa está precisando de companhia e, principalmente, de ajuda.
O Transtorno Depressivo Maior além de seus sintomas
O Transtorno Depressivo Maior, enquanto sintoma, pode surgir nos mais variados quadros clínicos, como, por exemplo, oriundo de estresse pós-traumático, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, entre outros. Mas pode ainda surgir como resposta a situações adversas e estressantes nas relações afetivas, profissionais e até decorrente de problemas econômicos.
Já enquanto síndrome, o Transtorno Depressivo Maior altera não somente o humor, apresentando aspectos de tristeza, irritabilidade, apatia, etc, mas também pode apresentar alterações cognitivas, psicomotoras e no estado do sono e do apetite.
Finalmente, olhando-se para o Transtorno Depressivo Maior enquanto doença, ela pode ser entendida como melancolia, distimia, depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da ciclotimia, entre outras.
Como a psicologia ajuda a enfrentar o Transtorno Depressivo Maior?
A Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma das ferramentas que a psicologia utiliza no tratamento da depressão. Por meio da flexibilização dos pensamentos negativos, da autocrítica e de técnicas comportamentais, auxilia bastante no processo de manejo do Transtorno Depressivo Maior, assim como o enfrentamento ativo, aliado ao tratamento e apoio emocional e social.
É também importante identificar quais foram os fatores acionadores, ou seja, quais podem ter sido as experiências desencadeadoras deste humor triste e, consequentemente, o que foi que ativou os pensamentos, regras, pressupostos e atitudes negativas e disfuncionais. Trabalhar os mesmos no decorrer do processo é fundamental.
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Tratamento medicamentoso é aliado do tratamento psicoterapêutico
O uso antidepressivos, indicado por um médico psiquiatra, tem um papel importante na redução sintomas e representando um grande aliado do tratamento psicoterapêutico (feito pelo profissional de psicologia).
Juntas, medicina e psicologia podem fazer uma enorme diferença na vida de pessoas com o Transtorno Depressivo Maior e, no devido tempo, proporcionam ao indivíduo a retomada de suas atividades rotineiras e de seus projetos pessoais.
O que era preto branco, pode voltar a ficar colorido. E a vida pode voltar à normalidade.
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Conheça os profissionais que participaram deste artigo:
Maria Inês Paton Ramos
Tatuapé, São Paulo – SP
CRP 06/48.803-2
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